quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Quarta-feira de Cinzas
Com a imposição das cinzas, inicia-se uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.
Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.
Sinônimo de "conversão", é também a palavra "penitência" …
Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.
Tradição
Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.
Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.
Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma a partir da segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.
Sinônimo de "conversão", é também a palavra "penitência" …
Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.
Tradição
Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.
Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.
Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma a partir da segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.
Fonte: Catequizar.com
Jogo da Quaresma
Preparação: preparar o material do jogo, e sacos plásticos com pedras e areia, um para cada catequizando.
Oração Inicial: leitura de Mt 4, 1-11. Pedir a Jesus que dê sempre a cada um a mesma força do Espírito para a vitória sobre todas as tentações.
Atividades: Explicar que estamos vivendo o tempo da Quaresma: 40 dias em que Deus nos convida à conversão, a começarmos uma vida nova.
Em seguida, divida os catequizandos em duplas ou pequenos grupos para o jogo.
Providencie um tabuleiro para cada grupo (pode ser desenhado em uma folha de cartolina)
Oração Inicial: leitura de Mt 4, 1-11. Pedir a Jesus que dê sempre a cada um a mesma força do Espírito para a vitória sobre todas as tentações.
Atividades: Explicar que estamos vivendo o tempo da Quaresma: 40 dias em que Deus nos convida à conversão, a começarmos uma vida nova.
Em seguida, divida os catequizandos em duplas ou pequenos grupos para o jogo.
Providencie um tabuleiro para cada grupo (pode ser desenhado em uma folha de cartolina)
Após o jogo, o catequista deve fazer uma conclusão sobre o seu significado e que aprendizado ele traz às nossas vidas: quando fazemos algo bom, avançamos na caminhada, mas quando nos deixamos levar pelo pecado, retrocedemos.
Oração final: cada catequizando receberá pequenos sacos com pedras e areia (que representam o nosso pecado) e irá depositá-los aos pés da cruz.
CF 2019 - Sugestões de atividades
Fonte: http://catequesecomcriancas.blogspot.com.br/
#CatequeseComCrianças #CF2019 #CampanhaDaFraternidade2019
Campanha da Fraternidade 2019 - Fraternidade e Políticas Públicas
- O que são as políticas públicas?
Políticas públicas são ações e programas que são desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis.
São medidas e programas criados pelos governos dedicados a garantir o bem-estar da população.
Além desses direitos, outros que não estejam na lei podem vir a ser garantidos através de uma política pública. Isso pode acontecer com direitos que, com o passar do tempo, sejam identificados como uma necessidade da sociedade.
- Quem cria e executa as políticas públicas?
O planejamento, a criação e a execução dessas políticas é feito em um trabalho em conjunto dos três Poderes que formam o Estado: Legislativo, Executivo e Judiciário.
O Poder Legislativo ou o Executivo podem propor políticas públicas. O Legislativo cria as leis referentes a uma determinada política pública e o Executivo é o responsável pelo planejamento de ação e pela aplicação da medida. Já o Judiciário faz o controle da lei criada e confirma se ela é adequada para cumprir o objetivo.
- Execução das políticas públicas
A execução das políticas públicas é tão importante para o bom funcionamento da sociedade que, desde 1989, existe a carreira de especialista em políticas públicas.
De acordo com a lei que criou esse cargo, o especialista em políticas públicas é o profissional especializado na formulação, planejamento e avaliação de resultados de políticas públicas.
As políticas públicas existem e são executadas em todas as esferas de governo do país, ou seja, há ações em nível federal, estadual e municipal.
- Tipos de políticas públicas
Por serem programas relacionados com direitos que são garantidos aos cidadãos as políticas públicas existem em muitas áreas. São exemplos:
educação, saúde, trabalho, lazer, assistência social, meio ambiente, cultura, moradia, transporte…
- Ciclo de políticas públicas
O conjunto de etapas pelas quais uma política pública passa até que seja colocada em prática é chamado de ciclo de políticas públicas. Conheça cada uma dessas fases:
01 – identificação do problema: fase de reconhecimento de situações ou problemas que precisam de uma solução ou melhora,
02 – formação da agenda: definição pelo governo de quais questões têm mais importância social ou urgência para serem tratadas,
03 – formulação de alternativas: fase de estudo, avaliação e escolha das medidas que podem ser úteis ou mais eficazes para ajudar na solução dos problemas,
04 – tomada de decisão: etapa em que são definidas quais as ações serão executadas. São levadas em conta análises técnicas e políticas sobre as consequências e a viabilidade das medidas,
05 – implementação: momento de ação, é quando as políticas públicas são colocadas em prática pelos governos,
06 – avaliação: depois que a medida é colocada em prática é preciso que se avalie a eficiência dos resultados alcançados e quais ajustes e melhoria podem ser necessários,
07 – extinção: é possível que depois de uma período a política pública deixe de existir. Isso pode acontecer se o problema que deu origem a ela deixou de existir, se as ações não foram eficazes para a solução ou se o problema perdeu importância diante de outras necessidades mais relevantes, ainda que não tenha sido resolvido.
- Políticas públicas no plano plurianual
As políticas públicas, depois de estudadas e formuladas, são incluídas no plano plurianual (PPA). Esse plano, que é previsto no artigo 165 da Constituição Federal, define quais são as metas e objetivos que devem ser cumpridos pelos governos em 4 anos.
- Como participar da escolha das políticas públicas
Para que as políticas públicas possam atender as principais necessidades da sociedade é importante que os cidadãos também participem do processo de escolha dando a sua opinião.
Isso pode acontecer de diferentes maneiras, dependendo da esfera de governo.
O governo federal possibilita a participação através de consultas feitas com a população. Para ver a lista completa das consultas abertas acesse o site do Portal Brasil.
Outra maneira de colaborar é através do site Mudamos.org. Você pode enviar uma proposta para um projeto de lei ou dar o seu voto nos projetos já enviados.
Nos estados e nos municípios a informação sobre as formas de participação, como o orçamento participativo, pode ser obtida nas secretarias de governo ou secretarias de políticas públicas do estado ou da prefeitura da sua cidade. Essa informação também pode ser encontrada no Portal da Transparência.
A Lei da Transparência (lei complementar nº 131/09) estabeleceu que a participação do cidadão na formulação das políticas públicas deve ser incentivada pelos governos.
Fonte: https://portalkairos.org/campanha-da-fraternidade-2019/
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
17 de fevereiro - Evangelho de Lucas 6,17.20-26 "As Bem Aventuranças"
Reflexão:
No tempo de Jesus, o povo judeu cultivava a convicção de que a prosperidade material, o sucesso, a riqueza, eram sinais das bênçãos de Deus. A pobreza, a miséria, a doença..., eram sinais de maldição.
Mas , para Jesus , os bem-aventurados são os que têm fome, os que choram, os pobres e os perseguidos.
E hoje, como viver a nova e eterna Aliança? Como é a nossa realidade? O nosso tempo está marcado pela busca do ter e pela falta de Deus. As palavras honestidade, moral, verdade, amor, justiça e fraternidade perdem o seu verdadeiro valor.
Valorizamos mais o ter do que o ser, e isso nos trazem angústia. Às vezes somos tentados a desanimar, até a deixar tudo. A questionarmos: vale à pena continuar?
O mundo atual é um grande desafio para nós. As palavras de Jesus pronunciada no Sermão da Montanha, e a sua vivência no dia a dia, colocam-se em confronto com essa angústia e são válidas até hoje, porque são palavras de vida.
1) Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
2) Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
3) Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
4) Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
5) Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
6) Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
7) Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
8) Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
9) Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
10) Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.
Colocando em prática as bem-aventuranças em nossa vida, poderemos, então, dar frutos concretos de santidade para a Igreja e para o mundo, sustentados pela graça de Deus.
A ATITUDE DOS FILHOS DO REINO SE TRADUZ NUMA NOVA RELAÇÃO COM AS RIQUEZAS, COM O PRÓPRIO CORPO E AS COISAS DO MUNDO E COM DEUS, A QUEM NOS DIRIGIMOS COMO PAI E DE CUJO REINO SE BUSCA A JUSTIÇA ANTES DE TUDO. COMO NÃO SE PODE DIZER QUE SE AMA A DEUS SE NÃO SE AMA OS IRMÃOS, NÃO FALTA AQUI A REFERÊNCIA A UMA NOVA RELAÇÃO COM O PRÓXIMO.
Sugestão de Atividades:
Complete com uma das opções:
1 - Felizes os pobres em espírito porque deles é o Reino dos __________.
A - céus
B - perseguidos
C - Jesus Cristo
A - céus
B - perseguidos
C - Jesus Cristo
2 - Felizes os que choram porque serão __________.
A - puros
B - consolados
C - justiça
A - puros
B - consolados
C - justiça
3 - Felizes os __________ porque herdarão a Terra.
A - mansos
B - misericórdia
C - paz
A - mansos
B - misericórdia
C - paz
4 - Felizes os que têm fome e sede de __________ porque serão saciados.
A - feliz
B - céus
C - justiça
A - feliz
B - céus
C - justiça
5 - Felizes os misericordiosos porque encontrarão __________.
A - perseguidos
B - misericórdia
C - Jesus Cristo
A - perseguidos
B - misericórdia
C - Jesus Cristo
6 - Felizes os __________ de coração porque verão a Deus.
A - feliz
B - mansos
C - puros
A - feliz
B - mansos
C - puros
7 - Felizes os que promovem a __________ porque serão chamados filhos de Deus.
A - paz
B - consolados
C - justiça
A - paz
B - consolados
C - justiça
8 - Felizes os __________ por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
A - mansos
B - perseguidos
C - misericórdia
A - mansos
B - perseguidos
C - misericórdia
Conhecendo o Evangelho de Lucas
Como iremos trabalhar com o Evangelista Lucas, vamos conhecer um pouco mais sobre ele e seu evangelho?
- Destinatário
Lucas é o único evangelho em que há indicações de um destinatário: Teófilo (1,3), o mesmo do livro dos Atos dos Apóstolos (At 1,1). Quem será esse Teófilo? Pode ser alguém importante que financiou a obra, como era costume na época. Pode ser também alguma autoridade romana a quem Lucas quer apresentar Jesus e defender os cristãos. Pode ser simplesmente um nome simbólico, isto é, “amigo de Deus” (Théos-phylos).
Lendo o evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos, percebe-se que os verdadeiros destinatários são as comunidades cristãs espalhadas pelo Império Romano, ligadas a Paulo e que podem ser caracterizadas como:
- Comunidades urbanas, diferentes das comunidades rurais da Palestina. A palavra “cidade’ aparece 40 vezes em Lucas, enquanto em Mateus aparece 26 vezes e em Marcos apenas 8 vezes. No livro dos Atos, Paulo anda de cidade em cidade;
- Comunidades nas quais participam ricos e pobres. Lucas é o único que narra a conversão de Zaqueu, que era rico (19,1-10), e é veemente em apontar os perigos da riqueza, insistindo na necessidade de se desfazer dela e de dar esmolas (3,11; 5,11.28; 6,30; 11,41; 12, 33-34; 14, 13.33; 16,9; 18,22; 19,8). O flagrante contraste de pobres e ricos é enfatizado nas bem-aventuranças e maldições, que são uma interpelação direta aos ouvintes (6,20-26), e na parábola do pobre Lázaro (16,19-31);
- Comunidades em que há cristãos que se converteram, mas continuaram ligados às instituições do Império (7,1-10). Publicanos e soldados acorrem à pregação de João Batista (3,12-14). Lucas não quer criar problemas com o Império que já está perseguindo os cristãos. Só no seu Evangelho, Jesus, antes de morrer, pede perdão ao Pai por aqueles que o condenaram, ‘porque não sabem o que fazem’ (23,34);
- Em Lucas, Jesus, dá especial atenção às mulheres (7,36-50; 8,1-3; 10,38-42; 13,10-17; 15,8-10). Isto é muito significativo numa época em que a mulher era marginalizada e não contava. As mulheres tinham uma presença marcante nas igrejas que se reuniam nas casas;
- No episódio dos discípulos de Emaús (24,13-35), próprio de Lucas, sente-se que há uma situação de desânimo, de decepção, de quase revolta. As comunidades, lá pelos anos 80, deviam atravessar uma crise muito forte. Os cristãos eram uma pequena minoria, sujeita a todo tipo de repressão e ameaça. Muitos estavam abalados em sua fé em Jesus e não se sentiam seguros na vida solidária e fraterna da comunidade. Era preciso renovar sua fé na presença incógnita de Jesus ressuscitado e salientar o valor da partilha à mesa, onde ele se revelava.
- Autor e objetivo
O autor, apesar de apresentar a Teófilo o seu objetivo de um modo tão pessoal, não se identificou, não assinou a sua obra. A tradição, desde o final do século II, reconheceu a Lucas como o autor do terceiro Evangelho e do livro dos Atos dos Apóstolos. Embora não tenha conhecido pessoalmente a Jesus, Lucas foi companheiro de Paulo nas suas viagens missionárias (At 16,10-17; 20,5-15; 21,1-28; 27,2-28,16). Paulo se refere a ele com simpatia (cl 4,14; Fm 24; 2Tm 4,11), como ‘médico caríssimo” e colaborador. A opinião geral entre estudiosos é que Lucas era um “prosélito” de Antioquia, um pagão convertido.
Pelo escrito, percebe-se que o autor é uma pessoa estudada, que domina muito bem o grego, sua língua materna, e, apesar de não ser judeu, conhece profundamente a Escritura. Não deve ter vivido na Palestina e não conhece bem sua geografia: confunde a Judéia com a Galiléia (4,44; 7,17; 23,5), e a grande viagem de Jesus para Jerusalém (9,51-19,27) segue um roteiro meio complicado.
A data de composição do terceiro evangelho é por volta dos anos 80 a 85 d.C. Parece aludir a pormenores da tomada de Jerusalém (21,21-24), que foi no ano 70. Deve ter sido escrito em algum lugar da Ásia ou da Grécia.
Lucas apresenta Jesus como “o salvador do mundo” (2,30-32;24,47), como “ o libertador dos pobres, oprimidos e marginalizados” (4,18.19; 6,17-26), como “o Senhor” (1,43; 5,8), como “o revelador da misericórdia do Pai” (15,1-32), como “o profeta de Deus” (24,19), que se entregava com freqüência à oração (3,21; 5,16; 6,12; 9,18.28-29; 11,1; 22,41). Mostra também que, para ser discípulo de Jesus, é preciso decidir-se firme e definitivamente (9,57-62), despojar-se de tudo (14,25-33; 18,18-23), ser misericordioso (10, 29-37), ser perseverante e confiar (11,5-13; 12,22-32), ser vigilante (12,35-48).
- Esquema do Evangelho
A composição literária do terceiro evangelho pode ser dividida em quatro partes: 1. Introdução geral; 2. Missão de Jesus na Galiléia; 3. Subida para Jerusalém; 4. Em Jerusalém.
- Introdução geral: 1,1 – 4,13;
- Missão de Jesus na Galiléia: 4,13 – 9,50;
- A subida para Jerusalém: 9,51 – 19,27;
- Em Jerusalém: 19,28 – 24,53.
Com seus 1.149 versículos, Lucas é o mais longo dos evangelhos sinóticos. Comparando o seu esquema com o esquema de Marcos, notam-se três acréscimos ou interpelações: 1,5 – 2,52; 6,20 – 8,3; 9,51 – 18,14. Como boa parte destes acréscimos se encontra também em Mateus, os estudiosos concluem que Lucas e Mateus se utilizaram do evangelho de Marcos e também de uma outra fonte.
- Chaves de leitura
Lucas fixou sua atenção principalmente em alguns aspectos da vida cristã. Podemos dizer que o seu evangelho é:
- Evangelho do Espírito;
- Evangelho da Misericórdia de Deus;
- Evangelho dos pobres e marginalizados;
- Evangelho da valorização da mulher;
- Evangelho do “caminho”.
- Lucas é o evangelista do Espírito (1,36.41; 2,26; 4,1.14; 10,21; 12,10). É o Espírito que solda a ligação entre o Antigo Testamento, Jesus e a Igreja: agia nos profetas do Primeiro Testamento, foi decisivo na vinda e na vida de Jesus e está presente na vida da Igreja. É o evangelho do Espírito;
- Evangelho da Misericórdia de Deus. No evangelho Lucas respira-se um clima de misericórdia. É a recomendação expressa de Jesus (6,36-38), que se comove com a dor da viúva de Naim (7,13-14) e perdoa a pecadora que lhe unge os pés (7,44-48). Misericordioso foi o bom samaritano da parábola (10,29-37). O capitulo 15 é uma seqüência de parábolas de misericórdia: a ovelha perdida (15,4-7), a dracma perdida (15, 8-10), o filho pródigo (15, 11-31);
- Evangelho dos pobres e marginalizados. Lucas escreve o evangelho dos pobres e marginalizados, dos pecadores e perdidos (4,18-19.40; 7,22-23). O perdão de Deus transforma as pessoas em fonte de generosidade. Sobre essa convicção está fundada a mensagem econômica e social de Lucas. Para seguir Jesus é preciso distribuir seus bens aos pobres (12,13-21.33-34; 19,8-9). A busca do Reino e sua justiça satisfará a todas as necessidades de sobrevivência (12,22-31). É necessário dar a própria vida como dom para os outros (14,26.33). Num mundo onde existe pobreza, a riqueza é uma iniqüidade (6, 20-26; 18,23-30). No banquete do Reino, serão os pobres os verdadeiros convivas (14,13-14.21-24);
- Evangelho da valorização da mulher. Em Lucas, Jesus dá grande atenção às mulheres (7,11-17.36-50; 8,1-3.43-56; 13,10-17). Maria é ‘cheia de graça’ (1,28) e Isabel ‘repleta do Espírito Santo’ (1,41). Há mulheres que ‘muito amam’ (7,47), que são ‘discípulas’ (8,1-3; 23, 49.55), ‘filhas de Abraão’ (13,16) e comparáveis ao próprio Pai do céus (13,21; 15,8-10). Em pleno caminho do calvário, Jesus se mostra atento às mulheres (23,27-31).
- Evangelho do ‘caminho’. O discípulo traz exigências radicas porque é o seguimento de Jesus no caminho da Galiléia a Jerusalém e na via dolorosa da Paixão e Morte que será coroada pela Ressurreição e desembocará na Missão. Nesta caminhada, são fundamentais a oração (11,1-13), a prática da misericórdia 910,29-37; 15, 4-32), a renúncia e o despojamento (9, 57-62; 14,25-27.33; 18, 28-30).
Bibliografia:
Lima, Pedro Vasconcelos. A Boa Notícia Segundo a Comunidade de Lucas. A Palavra na Vida 123/124. São Leopoldo-RS. Cebi,1998.
Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos. Roteiros para Reflexão VIII. São Leopoldo-RS. Cebi,1999.
Hoje a Salvação entra nesta Casa. Evangelho de Lucas. CNBB. São Paulo-SP. Paulinas. 1997.
Fonte: Bíblia e catequese
2019 - Ano Litúrgico - Ano C
Vamos reiniciar nossas atividades na catequese!
Sejam todos bem vindos!
Fonte: https://portalkairos.org/tag/liturgia-2019/#ixzz5ef95irVl
Sejam todos bem vindos!
Nossa catequese segue o Ano Litúrgico que em 2019 será o Ano C.
Então vamos ficar atentos às Solenidades e Festas para que possamos passar para nossos catequisandos a vida celebrativa da Igreja:
Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra todos os feitos salvíficos operados por Deus em Jesus Cristo. “Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor”
Fonte: https://portalkairos.org/tag/liturgia-2019/#ixzz5ef95irVl
Na Solenidade da Epifania do Senhor, a Igreja faz o anúncio das Solenidades móveis durante o Ano. O centro de todo o ano litúrgico é o Tríduo Pascal, que tem seu ponto mais alto o Domingo da Páscoa, este ano a 21 de abril. É desta celebração que derivam todas as celebrações do Ano Litúrgico. O ano de 2019 é o ano C, no qual são proclamados no tempo comum os textos do Evangelho de São Lucas.
ANÚNCIO DAS SOLENIDADES MÓVEIS DE 2019Irmãos caríssimos, a glória do Senhor manifestou-se, e sempre há de manifestar-se no meio de nós até a sua vinda no fim dos tempos.
Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo recordamos e vivemos os mistérios da salvação.
O centro de todo o ano litúrgico é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado, que culminará no Domingo da Páscoa, este ano a 21 de abril. Em cada Domingo, Páscoa semanal, a Santa Igreja torna presente este grande acontecimento, no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte.
Da celebração da Páscoa do Senhor derivam todas as celebrações do Ano Litúrgico: as Cinzas, início da Quaresma, a 06 de março; a Ascensão do Senhor, a 02 de junho; Pentecostes, a 09 de junho; o primeiro Domingo do Advento, a 01 de dezembro.
Também nas festas da Santa Mãe de Deus, dos Apóstolos, dos Santos e na Comemoração dos Fiéis Defuntos, a Igreja peregrina sobre a terra proclama a Páscoa do Senhor.
A Cristo que era, que é e que há de vir, Senhor do tempo e da história, louvor e glória pelos séculos dos séculos.
Amém.
2019
ANO C (São Lucas)
Festas móveis
Data
Epifania do Senhor (Domingo) - 6 de janeiro
Batismo do Senhor (Domingo) -13 de janeiro
Quarta-feira de Cinzas - 6 de março
Páscoa da Ressurreição - 21 de abril
Ascensão do Senhor - 2 de junho
Pentecostes - 9 de junho
Santíssima Trindade - 16 de junho
SS. Corpo e Sangue de Cristo - 20 de junho
Sagrado Coração de Jesus - 28 de junho
São Pedro e São Paulo (Domingo) - 30 de junho
Assunção de N. Senhora - 18 de agosto
Todos os Santos (Domingo) - 3 de novembro
Solenidade de Cristo-Rei - 24 de novembro
1º Domingo do Advento - 1º de dezembro
Sagrada Família (Domingo) - 29 de dezembro
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